
Fui à mala e peguei no telemóvel. Liguei-lhe, mas ela não
atendia.
- Então? –
Jamie estava impaciente.
- Não
atende!
- Tenta mais
logo.
- Vou buscar
o David. Levo-o ao quartel e depois podes trazer-mo a casa? A Maddy está muito
fraca.
- As
melhoras. – Disse, virando costas e correndo pela rua.
“Contínuas
iguais” – Pensei.
Eu fui para
o outro lado. Em casa tomei banho e mudei de roupa.
- Mãe, como
se molhou toda?
- Não levei
chapéu…
- Estive com
o Jamie?
- David,
também vais insinuar que tenho um amante? – Perguntei, brincando.
- O pai
merecia, mas não…
- Não sejas
mau.
- Ainda lhe
vou provar que tenho razão!
Abanei a
cabeça. Fui buscar Maddy, agasalhei-a bem e levei David ao quartel.
Jamie estava
imponente, com o seu uniforme à entrada.
- Toma bem
conta dele, senão acabo contigo. – Alertei-o.
- Tomarei.
- Até já,
capitão! – Disse dando-lhe um beijo na testa.
- Até logo,
mamã.
Já no carro,
voltei a ligar à minha.
#Chamado-On#
- Porque não
me atendeu, há pouco?
- Não estava
cá dentro!
- Poupe-me!
- O que se
passa?
- Preciso
que me diga a verdade…
Ouvi o que
parecia um gemido.
- Mãe? Ainda
está aí?
- Sim… Que
verdade queres?
- Toda! Por
que razão obrigou o Jamie a abandonar-me.
- O que
dizes?
- Ai, não
sabe?
- Não é
assunto para se falar por telemóvel… Podes vir cá?
- Acha? Não
vou abandonar a Maddy.
- Ela tem
melhorado?
- Nem por
isso! Venha para cá e falamos.
#Chamada-Off#
Sim, eu
acabara de desligar o telemóvel na cara da minha mãe mas se ela me fizera
aquilo que Jamie insinuava, isto não se comparava.
Olhei para
Maddy no banco de trás. Estava tão fraquinha.
- Mamã?
- Sim?
- O que fez
a avó?
- Algo que
nunca te farei.
Ela sorriu e
voltou a adormecer.
Fui para
casa. Eu não podia ser uma mulher normal e ir trabalhar ou às compras, tinha de
ficar em casa com a minha filha, principalmente no Inverno. Ela estava muito
fraca e se apanhasse frio a mais, ficaria doente…
- Queres
chocolate quente?
Estávamos as
duas sozinhas em casa.
- Sim. –
Respondeu-me.
Enchi mais
uma chávena e levei-lhe.
Começamos a
ver uma série que ambas adorávamos.
- Mamã?
- Sim?
- O que
fazem as pessoas normais? – Esta pergunta deixou-me perturbada.
- Como
assim?
- Por
exemplo, as pessoas que não são doentes como eu e que não são mães de pessoas
como eu, o que fazem?
- Bem, o
mesmo que nós…
- Isso não é
verdade!
- Porque é
que não é?
- Porque
isso não tem lógica… Elas podem fazer tudo e porque não fazem?
- Hum… Elas
são parvas…
- Pois, se
calhar é isso. – Disse com um sorriso.
Pousou a
chávena e aconchegou-se no meu colo, abraçando-me. Ela era mesmo fofinha.
Dois dias
depois, a minha mãe chegou.
Não
conseguia olhar para ela.
- Como me
fez isto, mãe?
- Sarah…
- Sabe o
quanto me doeu? Eu sempre pensei que fora a crueldade do juíz!
- Filha…
- Não me
chame isso!
- Por favor,
ouve-me!
- Sou toda
ouvidos!
- Eu tinha
medo!
- Medo de
quê?
- De te
perder! Eras tão ligada ao teu pai…
- Medo de me
perder? Não confia em mim?
- Confio!
- Não parece!
- Sarah,
tinhas o teu pai, o Jamie, a Claire… Aqui só me tinhas a mim e a Christin… e o
Jason…
- Mary…
- Nem mãe me
vais chamar?
- Desculpe,
mas custa… Custa chamar de mãe a uma pessoa que me fez sofrer tanto!
- Desculpa,
Sarah!
Os olhos
dela estavam brilhantes das lágrimas, mas isso não me parecia nada comparado
com o que ela me fizera.
Levantei-me
e dirigi-me à porta.
- Saia, por
favor!
Au!!!! como é que as coisas irão ficar???
ResponderEliminarNão sei... Ainda não escrevi xD
EliminarEstou curiosa...
ResponderEliminarGostei muito, continua (:
:o que forte!
ResponderEliminarQuero o próximo :)
ahah sábado :)
EliminarAhah sábado :)
EliminarAi a mãe, fez coisa que não devia! :o
ResponderEliminarCada vez mais interessante :D
Pois fez :s
EliminarQue bom :D